Esse foi meu batismo de ultramaratonista. Se bem que por enquanto eu sou só uma pessoa que correu uma prova acima de 42km, mas eu me dei esse direito. Especialmente por ser uma prova dura e ao mesmo tempo maravilhosa. Recomendadíssima! Vou separar meu relato em dois posts. Um da experiência da prova em sí e outro com dicas para quem se animar!
Me inscrevi no começo de maio com a devida autorização da treinadora. Já tinha 5 maratonas no currículo, achei que dava. O problema foi a correria do trabalho e mais o acidente de bike que me atrapalharam um pouco, mas como não tinha pretensões maiores a não ser ultrapassar a distância e conhecer a prova, tava valendo. Hospedagem e passagens garantidas, agora era tentar manter um pouco de foco no treino, que previa condicionamento para as subidas, o frio, me acostumar com o calçado de trekking, a mochila de hidratação, gorro, luva e pensar na estratégia de alimentação e corrida.
A luvinha que eu ia estrear na corrida, mas que infelizmente (ou felizmente)
não precisei usar, pois fez até um certo calor no dia. Sem feminismo, haha!
Fui de ônibus de Botucatu-SP até Sampa na quinta à noite, chegando na Rodoviária da Barra Funda, depois peguei o metrô até a Rodoviária do Tietê e peguei outro ônibus para Florianópolis. Como a viagem rea noturna, preferi o busão mesmo. Cheguei em Floripa sexta de manhã e aguardei o micro da organização que nos levaria à Urubici. Não imaginei que pra fazer 170km ele levasse cerca de 5 horas! Tudo bem que paramos pra almoçar, mas a Serra e as curvas não ajudaram muito. Mesmo assim cheguei bem, animada com as conversas que rolaram com os corredores no caminho.
Larguei minha bagagem, e fui com o Rosalvo e a Graça buscar o kit composto de uma enooorme camiseta de manga longa tamanho P, a menor disponível. Eu sempre sofro com isso, não tinha P feminino e nem PP masculino. Mas a bandana multiuso foi show. Depois um passeio rápido pela cidade, pra procurar uma bermuda pra comprar. O frio que anunciaram não chegou e eu me esqueci completamente de levar uma bermuda ou shorts, só tinha levado uma calça. Como eu não tenho costume de usar calças, procurei desesperadamente por uma bermuda. A cidade é pequena e sabia que não poderia esperar muita coisa. Acabei comprando uma bermuda de lycra por R$29,00 na Confecções Cardoso, rs! Às 19h, teve o congresso técnico e logo depois fomos jantar para dormir cedo. A largada seria às 7h30min... A temperatura na largada era de 8°C e a sensação térmica não era menor que isso não.
A seguir, acompanhe o vídeo da prova, feito com a GoPro, que pode mostrar melhor do que eu em mil palavras a pedreira que foi a prova, mas também a beleza da paisagem que nos acompanhou durante todo o percurso. Esse anos eu "corri" curtindo, ano que vem eu quero participar pra melhorar meu tempo, sem grandes cobranças é claro. Se preferir, assita no Youtube, em tamanho maior na tela!
Vídeo do 8º Desafrio Urubici, Santa Catarina, 2011
A prova oficialmente tem 52 km, mas meu GPS marcou 53,8km e o da maioria marcou 53,7 e poucos km... Ou seja, a partir do km 33 mais ou menos o meu GPS já marcava 1 km a mais que as placas e a distância entre a placa de 51 km e o pórtico de chagada tinha fácil mais de 1,4km!!! Ainda bem que na noite anterior a gente tinha visto a placa de 52km bem antes do hotel e a distância do GPS com as placas aumentou gradativamente o que me permitiu tentar me preparar psicologicamente para a diferença.
O tempo todo eu consegui correr atrás ou do lado de alguém e fiz boa parte do percurso trocando idéias e conversando com outros corredores. Maratonas e outras provas longas têm mesmo um ritmo diferente e uma outra aura que rodeia os participantes. É um prazer a parte acompanhar o desafio pessoal de cada um durante a prova. Você é constantemente incentivado pelo percurso e é maravilhoso poder retribuir isso.
Lá também tive a oportunidade de conhecer a Elis, o Rosalvo e a Maria da Graça, vencedora na categoria acima de 60 anos e que já tinha completado 5 Comrades. Uma delícia ouvir as histórias destes heróis e conhecer gente do bem. A Maria da Graça ainda terminou a prova e foi direto pra Florianópolis pra poder pegar um avião e correr a Maratona de São Paulo no dia seguinte, pode isso?! Não tem como não se empolgar com esses exemplos. Ano que vem eu quero mais com certeza!
Eu de bicona na foto da equipe Baleias
ao lado da Elis do blog Diário de uma corredora
A parte ruim da corrida foi a maratona da volta. Apesar de ter voltado de avião, foi uma viagem de micro até Floripa, depois o avião, táxi até a rodoviária em São Paulo, ônibus até Botucatu e táxi até em casa, com direito à esperas em saguão! Em breve eu escrevo o post com dicas mais específicas. Comentem à vontade!
Re querida.. lembrei muito de você enquanto corria minha meia... saber que amigas queridas haviam enfrentado um super desafio no dia anterior me ajudou a tirar forças e não desistir!
ResponderExcluirParabéns! Admiro muito ultramaratonista... não é meu perfil..rsss
Sucesso querida
Bjs
Jacke
Muito bom!!
ResponderExcluirParabéns pelo desafrio sem frio(pra vc) 8º não me tira da cama nem pra ir ao banheiro.
hehehe
Coragem
Parabéns pela prova
Beijo
Colucci
http://toticolucci.blogspot.com
oi, regina!!!
ResponderExcluirparabéns!!!
a prova é osso duro! mas é também extremamente bela!
vale demais a pena a peregrinação pra chegar até urubici, né;)
nos alugamos uma kombi!
foi muito divertido!
se eu tivesse ido sozinha, teria ido no ônibus da organização também!
foi um fim de semana incrível!
parabéns, ultra!
é uma honra ter você na foto com minha equipe;)
bjs
http://elismc.blogspot.com