Diário de corridas - antes de 2011

     Não sei ao certo desde quando eu corro. Acho que o ser humano nasce correndo e não deveria nunca parar. Mas ele pára. Se aquieta, se acomoda e esquece do quanto isso é bom e natural. Hoje mesmo ouvi uma frase: "Você não tem mais idade para ficar se arrebentando de bicicleta por aí". Detalhe: ontem tomei um capote de bike e esfolei feio o meu queixo. Cicatrizes irão ficar e se juntar a algumas outras. Minha cabeça ainda dói. Mas amo andar de bike e isso não vai mudar nadinha da minha rotina, além de pomadinha cicatrizante e filtro solar até sair a casquinha toda... Não sabia que tinha idade pra parar de andar de bicicleta, de brincar, de viver... Ah! que vontade de falar pra essa pessoa: "Vai te catar...!" Oops, primeira palavra de quase baixo calão.

O resultado da minha estripulia ciclística. Queixo ralado e inchado e um galo na testa.

     Mas vamos voltar ao tópico (isso vai acontecer muito por aqui, pois supostamente tenho TDAH - tronstorno de déficit de atenção e hiperatividade, será?). Me lembro de participar oficialmente de várias provas sem chip, de não me preocupar com o tipo de pisada e tudo aquilo que o pessoal da "velha-guarda" costuma postar. Me lembro que minha primeira São Silvestre foi em 2000, pois isso é fato memorável no currículo de qualquer corredor, mas não sei quando foi minha primeira prova oficial.
     Fiz por anos consecutivos o circuito Corpore, que adoro, conquistei alguns troféus no ranking pela faixa etária e as camisetas "Corri Todas". Desde então já corri 5 maratonas: estréia em Florianópolis, depois duas Maratonas de São Paulo, uma de Porto Alegre, no ano passado (com direito a diploma do ranking de maratonistas da Revista Contra-Relógio) e a Maratona da Disney este ano (Dentro do Desafio do Pateta, uma meia maratona no sábado e uma maratona no domingo).
     Depois disso comecei a me interessar por provas diferentes, fora do circuito de São Paulo e é sobre elas que pretendo escrever ao longo do ano. Vou começar pelo Desafio do Pateta!